COMUNICAÇÃO PÚBLICA EM CRISES

Até ao momento em que ocorre uma crise, somos confrontados com uma emergência ou se declara uma epidemia de uma doença infeciosa exótica, as infraestruturas e mecanismos que garantem a segurança e protegem diariamente o público, seja na área da proteção civil seja nos serviços de saúde pública, não têm grande notoriedade e não atraem o interesse dos media.

No entanto, no momento da crise, a situação altera-se subitamente como resposta à escalada abrupta na procura de informação!

Só recentemente foi reconhecida a verdadeira extensão da influência que a comunicação em crise tem no desenrolar dos próprios eventos. Uma boa estratégia de comunicação pode conseguir apoios, providenciar informação útil e acalmar uma população naturalmente apreensiva e nervosa, encorajar e favorecer comportamentos cooperativos e, em última análise, salvar vidas e salvaguardar propriedade. Em contrapartida, uma má comunicação pública, pode impulsionar reações emotivas, disromper economias e prejudicar a confiança pública nos decisores.

Assim, uma estratégia efectiva de comunicação é um elemento crucial na Gestão de uma Emergência e deve, por consequência assumir este papel central desde o seu ínicio, ao longo de todas as sua fases. Só esta permite estabelecer padrões de confiança na capacidade da organização/governo para lidar com a situação de emergência e de a fazer chegar a uma conclusão satisfatória. E é também parte integrante de um processo mais lato de gestão bidirecional de informação que visa gerar confiança e promover a compreensão e disseminação sobre os tópicos relevantes e as ações a emprender por parte da população.

Só um trabalho de planeamento rigoroso levado a cabo por uma equipa competente e bem preparada pode permitir que quando "se acendam as luzes da ribalta" despoletadas pela ocorrência de uma crise, seja possível comunicar de forma rápida mas assertiva, rigorosa e credível.

É este trabalho a que vos queremos introduzir - ao planeamento e preparação de um plano de comunicação em crise assim como à sua implementação nas distintas fases do desenvolvimento da mesma. É este plano que permite ganhar tempo crucial nas horas iniciais da crise, que garante uma resposta imediata e continuada efectivas e a integração com as operações e actividades de Gestão de Emergência.